Boa noite a todos!! Hoje vou republicar um artigo que adorei ter lido. É de uma pedagoga de São Paulo, sobre a importância da divisão dos papéis de mãe e pai na criação do bebezinho de ambos.
Leia, opinem, debatam. O que vocês acham?
Boa leitura!!! =)
Papel de mãe, papel de pai...
Tita Belliboni*
É... A nossa responsabilidade como mãe é gigante e, por ser tão importante, precisa ser dividida, na medida do possível, com o pai também! São papéis diferentes, mas não distantes.
Para nós, mulheres, tudo começa com aquela supertransformação física que nos leva, aos poucos, a uma imensa transformação emocional. Brinquei outro dia dizendo que não é a criança que precisa dos nove meses para se desenvolver e chegar ao mundo. A natureza é tão especial que nos dá esse tempo para que possamos nos preparar melhor para esses nascimentos.
Sim, no plural, porque com ela nascem também uma mãe e um pai!
Essas mudanças físicas ajudam a mulher a compreender melhor e mais concretamente seu papel, mas, para o homem, é uma mudança mais brusca e mais abstrata. Mais uma vez cabe a nós ajudar esse homem, que até aqui foi só filho, a ser pai.
Esse trabalho deve começar na gravidez, insistindo para que ele participe dos exames, que ouça o coraçãozinho, que junto com você acompanhe a evolução do bebê. Alguns homens são mais sensíveis e por si só já fazem questão disso, e outros têm mais receio e precisam de ajuda e incentivo.
É bom ter a presença do pai no parto, tê-lo por perto na maternidade, nas primeiras consultas ao pediatra – e nos infinitos “às vezes” que podemos sugerir: às vezes trocar fraldas, às vezes acordar à noite, às vezes dar o banho, às vezes fazer o bebê dormir...
Digo às vezes porque essas tarefas realmente cabem à mãe, mas é muito importante que o pai possa experimentá-las tanto para dar valor a elas como para estreitar os laços afetivos entre ele e o bebê.
Digo às vezes também porque, principalmente durante os quatro primeiros meses, ficamos só por conta do bebê, ao passo que os homens continuam com a sua rotina normal de trabalho.
Mais importante do que dividir essas pequenas tarefas é o pai perceber o valor que damos ao seu papel. Assim, enquanto concedemos direitos, reforçamos o sentido de participação e o ajudamos a criar uma relação mais intensa com a criança e uma parceria mais gostosa com a mãe.
Pergunte o que ele acha, se gosta, se concorda, o que sente – e vá, junto com ele, descobrindo o pai que vai crescendo e assumindo esse papel tão grande e tão especial. Em vez de cobrar, entregue a ele algumas tarefas com confiança e alegria.
Um dia, quando meu marido saía de casa com nosso filho de 2 anos e eu fazia milhões de recomendações – água, casaco, cuidado –, ele me disse: “Por que é que você acha que vou cuidar dele menos do que você faz? Esqueceu que é meu filho também?” Então caí em mim! (Embora confesse que sempre achei que cuidava melhor dos baixinhos! Coisas de mãe!)
Gosto de dividir com vocês minhas experiências pessoais porque aprendi mais com elas, e principalmente com meus erros, do que com os estudos. Confesso também que fui exagerada e que até hoje meus dois filhos têm horror a se agasalhar e sempre se lembram com imensa felicidade dos passeios e das viagens que fizeram apenas com o pai. Esses momentos, como tantos outros em que ele esteve presente, muitas vezes no meu lugar, deram a eles intimidade e resultaram numa amizade muito, muito bacana.
Papel de mãe, papel de pai? Papel de ambos!
Papéis que se somam, aprendizado que dividimos, alegria e amor que compartilhamos.
Mostre ao seu pequeno a importância que você dá ao papai!
Cuidar, amar e ensinar será para sempre nossa principal tarefa porque é com ternura que nos tornamos os alicerces da nossa família. Esse, sim, é nosso principal papel!
*Luciana Belliboni, que tem o carinhoso apelido de Tita, é pedagoga de São Paulo e apresentadora da versão brasileira da série Doces Momentos, do canal Discovery Home & Health.
Fonte: Bebe.com