O discurso é sempre o mesmo: chegou o mês de janeiro e todos os pais resmungam da "extensa e abusiva" lista de materiais escolares, os jornais produzem várias matérias de utilidade pública ensinando a economizar na hora da compra, a pesquisar, etc.
Para quem apenas ouve, o impacto não parece ser tão grande. "Que besteira, é necessidade mesmo...". Quando eu era mais nova, sempre me chateava com os resmungos de meu pai na hora de comprar os materiais escolares. "Que culpa eu tenho se eu preciso disso pra estudar?".
Quem não quer uma lista dessa de materiais? rsrs |
Mas, esse ano eu ganhei o meu primeiro choque-pós-lista-de-materiais-escolares. Desde o último mês de dezembro, quando soube que Maria Joana mudaria de turma - passando do berçário para o maternalzinho -, fiquei empolgada com a ideia.
Achei o máximo essa coisa de meu bebê começar a estudar. E fui pegar a lista de materiais toda empolgada, planejando comprar todas as canetinhas coloridas, borrachinhas de desenhos, kits para desenho... gente, é realmente um choque!
Quando olhei a quantidade de coisas, olhei pra Maria Joana e me perguntei como uma criancinha daquele tamanhinho seria capaz de usar tudo aquilo como se soubesse escrever e desenhar com todos os tipos de cadernos, lápis e papeis diferentes. E agora?
Pesquisar é fundamental! |
Procurei algumas matérias, conversei com algumas mães e pais (fundamental, essa parte) e... lá vão algumas dicas:
* Não precisa comprar e entregar todo o material de uma vez só. Eu já conversei com a proprietária da escolinha e deixei claro que entregarei os materiais aos poucos. Agora, só o necessário. Depois, vou comprando o resto aos poucos.
* Não compre aquilo que você achar abusivo, a lei te protege. Se a lista pede materiais que são questionáveis e você sabe que seu filho não vai usar, não faz sentido comprar.
* Nem tudo precisa ser comprado de acordo com a marca que eles pedem. Conversando com uma mãe amiga, ela me disse que, ao invés de comprar lápis Faber-Castell, ela optou por uma marca mais barata. Para uma criança de um ano e meio, qual a diferença que faz?
* Procure por materiais usados e em bom estado de conservação. Sebos e feiras de trocas de livros são ótimos espaços para encontrá-los. Além disso, oferecer livros usados aos seus livros já os estimula a valorizar e cuidar melhor dos materiais. Ele acaba tendo consciência de que aquele mesmo livro será usado por outra criança.
O mais importante de tudo nessas horas, quando o objetivo é economizar, é conversar com outros pais e buscar alternativas viáveis que não prejudiquem o aprendizado da criança.
Se você já passou por situações abusivas (como encontrar pedidos de papel higiênico) ou conhece alguém que passou, me mande sua história (priscilaviana@gmail.com). Vai ser o tema do próximo post. :-)
O lance de livros em sebos é que as atividades são feitas no próprio livro, daí eles pintam, cortam, colam coisas e não dá para outra criança aproveitar...não tem jeito, terei que comprar nas livrarias mesmo!!!
ResponderExcluir