sábado, 19 de fevereiro de 2011

PENSANDO NA VOLTA...

Até hoje eu fico com o coração apertado quando meu sobrinho, Riquinho, me pergunta: "Tia Priscila, não seria melhor se você voltasse a morar com a gente?". Também me dói um bocadinho no peito quando minha sobrinha, Clarissa, chora na hora que eu vou embora, sempre que passo o dia com eles. Nenhum de nós três digeriu ainda a idéia de que não moramos mais juntos.

Riquinho, Clarissa e Maria Joana
Mas agora, volto a ficar com o coração apertado... por outro motivo: segunda-feira eu retorno ao trabalho, depois de quase seis meses afastada. É, já vai fazer seis meses que minha princesinha nasceu. Nas últimas semanas, eu me peguei chorando quando pensava no fim da minha licença-maternidade. 

Mas não estou triste. Em primeiro lugar, porque ela vai ficar com o pai, por enquanto. Depois, porque eu adoro meu trabalho... ler, escrever e fazer matérias me reacende a cada dia. Então, voltar a fazer isso depois de seis meses parada vai me dar uma revigorada. Mas é inevitável ficar com o coração partido!!

Minha princesinha dos olhos de amêndoa... =)
Minha rotina vai mudar totalmente, não terei mais o dia todo pra ficar com a minha princesinha... pra deitar com ela no colchão sem ter hora de levantar, observar seus olhinhos percorrendo todo o ambiente e ver seu sorriso se abrindo quando ela finalmente vê meu rosto e estica a mãozinha em direção a ele. 

Eu não vou mentir, sem medo de parecer ridícula... choro só de pensar que todos os dias vou sair de casa logo cedo, sem ouvir sua voz ou ver seu sorrisinho, me olhando como se ela se sentisse segura pelo simples fato de eu estar ali. Como se estivesse querendo realmente me pedir pra eu não sair (como as crianças sempre pedem depois que aprendem a falar).

É como quando me lembro do dia em que ela nasceu. Nunca vou saber descrever o que senti ao ver minha filha pela primeira vez, pequenininha e suja, com os olhinhos ainda fechados e a carinha "emburrada". 

Recebendo meu presentinho divino
Eu fiquei paralisada. A única coisa que se mexia em mim eram as lágrimas ininterruptas e a boca, que tremia descontroladamente. Alguém me disse, poucos dias antes do parto, que quando eu desse à luz, meu coração iria se expandir de uma forma que eu sentiria como se ele não coubesse mais em meu peito. 

É a mais pura verdade. E quando você pensa que não é capaz de amar tanto uma pessoa, a cada dia esse amor aumenta. Ver Maria Joana crescendo, descobrindo os objetos ao seu redor, reconhecendo as pessoas, aprendendo a amar e a sorrir para o mundo... tudo isso faz você perceber que a vida vale a pena, com todas as suas dores e dilemas. 

Tem coisa mais linda?
Mas o que me conforta é o óbvio. Eu sei que vou voltar pra casa todo dia sabendo que minha filha estará me esperando. Mas é uma certeza que dá alegria. E sempre que eu volto, a primeira coisa que ela faz quando me vê é sorrir... e sacudir os braços e as pernas com uma agonia de quem espera muito por uma pessoa até que ela apareça. E é assim que eu já saio de casa: pensando na volta!! =)

Um comentário:

  1. Pri Pri, você vai ver que a volta ao trabalho também te fará bem e complementar seu outro lado, o profissional. Bom retorno!!!!

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