sábado, 21 de janeiro de 2012

A hora do não

O dedinho do "não" de Maria Joana é igualzinho a esse.
Foto: Rara Cena.
Eu sempre digo que é impressionante a forma como Maria Joana me imita tanto nos gestos quanto no jeito de falar e alguns trejeitos que são só meus. Um desses trejeitos eu fotografei essa semana, quando ela estava paradinha, de costas, com o pé esquerdo posicionado na pontinha e balançando.. eu nunca me toquei, mas percebi que tenho essa mania só depois de ver Maria Joana fazendo igual.

Mas, enquanto algumas coisas são bonitinhas e irresistíveis, outras são mais delicadas. Ontem eu chamei Maria Joana para tomar banho e ela me respondeu um sonoro "Não!". Mas o "não" dela foi tão igual ao que eu digo quando ela pega algo que não pode, que eu fiquei sem ação. Ainda por cima, ela balançou o dedinho, igualzinho como eu faço para enfatizar o "não".

E agora, o que fazer? Bom, a primeira ação é prender o riso. Não dá pra mostrar que achou graça da teimosia, embora dê vontade de dar a maior gargalhada. Conversei com algumas mães e li algumas coisas a respeito e percebi que nessa fase (1 ano e meio) eles começam a expressar com mais autoridade as suas vontades. 

Mas ter paciência e diplomacia são fundamentais. Gritar, além de ser feio, mostra descontrole e repassa nervosismo à criança. Bater então, eu sou contra. A questão é encontrar equilíbrio entre a rigidez e a tranquilidade para mostrar à criança como resolver um problema com diálogo.

Eu aprendi (com Maria Joana) que é bom sempre enfatizar as coisas que são dela, que ela não pode "se apropriar" do que é de outras pessoas e que ela tem que entregar os objetos dos outros sem que seja preciso "tomar" da mão dela. Eu percebi que, mesmo que ela insista um pouco antes de entregar, ela entende o que deve ser feito e reclama. Às vezes chora um pouquinho, mas entrega e logo se cala. 

Em um texto que li no site Bebe.com, vi uma recomendação muito parecida com o que faço e fiquei mega-contente! Segundo o texto, o ideal é oferecer possibilidades de escolha e conversar para que ela opte por um outro objeto que pode pegar.

Então é no dia a dia que reafirmo o que sempre pensei: que o diálogo e o ato de mostrar exemplos é a melhor forma de educar. Mesmo que não pareça, eles entendem o que a gente fala e faz. Mesmo quando desobedecem, muitas vezes eles sabem que estão errados.   

Além disso, vi no mesmo texto que a criança nessa fase já tem a noção de quando um adulto precisa de ajuda. Lembram que escrevi sobre isso no post anterior? Pois é, Maria Joana adora me ajudar e eu acho lindo! 

Muito legal o texto, e ainda me mostrou que estou agindo bem com o tipo de diálogo que estabeleci para nós duas. A gente nunca vê nossa mãe dessa forma, mas acho que toda mãe no fundo é bastante insegura. Encontrar palavras de especialistas que dêm suporte às nossas ações e decisões passa muita tranquilidade. ;-)


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BLOGAGEM COLETIVA - Mãe solteira


Parece que o termo "mãe solteira" causa um certo sentimento de identidade a praticamente todas as mulheres que têm filhos e que estão solteiras. Só quem é mãe sabe os dilemas e as delícias desse dia a dia tão gostoso e movimentado da maternidade.

Mas me questiono por que essas duas palavrinhas têm sempre que andar juntas. Ser mãe é uma coisa e ser solteira é outra. Assim como sou solteira, sou profissional, sou estudante, sou ruiva (ou loira, ou morena), sou jovem, sou ciclista, adoro praia, natureza, gosto de ler, de pintar... Grosseiramente falando, é "cada uma no seu quadrado".

Esse é o primeiro ponto que me chama atenção quando o assunto é "mãe solteira". Outro ponto é que atualmente não conhecemos quase nenhuma mãe que não trabalhe fora. E, além de ter que conciliar a maternidade e o trabalho, ainda há contas para pagar, preços para pesquisar, materiais escolares e fraldas para comprar. Por mais presente que o pai seja, ele não está ali em muitos momentos, já que mora em outra casa. Por isso, achei interessante a ideia da Blogagem Coletiva sobre o tema, proposta pela Tenikey.

Quando me separei do pai de Maria Joana, senti um misto de medo e insegurança e me perguntava se seria capaz de dar conta do tamanho de tantas responsabilidades. Uma vez vi uma moça dizendo que "ser mãe é nunca mais ir ao banheiro sozinha". É verdade! Desde escovar os dentes, até fazer o gogó no liquidificador, preparar o banho, abrir a porta da rua com ela e as sacolas no braço... a gente se sente praticamente um polvo, com apenas duas mãos, sempre conciliando as tarefas com a criança no braço.

Mas, no fundo, a certeza de ter escolhido um grande pai me dava uma certa segurança. Sabia que, bastava um telefonema quando precisasse de alguma ajuda. Mas queria mostrar a mim mesma que poderia fazer tudo sozinha.

Às vezes tinha até raiva por ter muito mais trabalho e responsabilidades que o pai, mesmo sabendo que não há como praticarmos a guarda compartilhada, que é o que nós dois achamos que seria ideal. Tanto pela dificuldade de transporte como pela questão dos horários, entre outros empecilhos. Mesmo assim, passei um bom tempo nutrindo um sentimento de injustiça.

Hoje eu aprendi que quem tem filho não pode se achar a Mulher Maravilha e recusar ajuda. Independente da separação, tenho muito orgulho do pai que escolhi para Maria Joana, presente e grande parceiro na criação e educação dela.

Também aprendi a encarar com mais maturidade e menos resistência as responsabilidades que a maternidade traz. Para tornar as tarefas mais divertidas, eu a ensino a me "ajudar". Mostro a ela como esticar os bracinhos quando estou colocando a roupa e a "colocar o pezinho" quando visto a calcinha ou um shortinho.

Quando preparo a comidinha dela, dou a mamadeira ou a colher para ela segurar e depois me entregar. Eu mostro a ela que virar o bumbum para eu passar o sabonete me ajuda bastante e que esticar o pezinho para eu colocar a sandália facilita ainda mais. E até guardar os brinquedos na caixinha ela acha divertido, porque eu digo: "Ajuda a mamãe, bebê!". Sempre que ela termina de me ajudar, eu digo parabéns e ela comemora batendo palminhas. E eu brinco dizendo que ela é a minha melhor pequena estagiária.

Mesmo com qualquer reclamação de cansaço que às vezes eu solte, não trocaria nada por essa rotina. É a nossa cumplicidade que me reoxigena todos os dias. Ser mãe, ser trabalhadora e ser solteira, estudar, arrumar o quarto e cuidar das roupinhas não é uma junção de tarefas muito fácil. Eu diria até que é uma luta diária conseguir cumprir bem as metas e estar sempre de bom humor. Mas ter a companheirinha que tenho ao meu lado me faz enfrentar tudo com um misto de dureza, doçura, alegria e encantamento pela vida. :-)   

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Quarto de estudos

Todo esse clima de início das aulas e compra de materiais escolares até que me deixa empolgada. Tirando o "detalhe" dos gastos, é tudo divertido. Essa semana dei uma olhada na internet sobre materiais escolares e acabei encontrando vários links que falam sobre quarto de estudos.

Eu sei, Maria Joana ainda não tem idade pra ter um espaço de estudos, mas vendo várias imagens de ambientes desse tipo, até que comecei a planejar uma adaptação no nosso quartinho para quando ela começar a trazer "dever de casa"!!

Para quem tem filhos na idade pré-escolar ou adolescentes, vejam quantas ideias interessantes. 

De todos os projetos que vi, esse foi um dos que achei mais interessantes. A escada que dá acesso às camas é diferente daquelas estreitas e tem um ar de rusticidade. E as crianças não precisam "se equilibrar" para subir. Além disso, o espaço entre as escrivaninhas pode até propiciar uma maior concentração das crianças na hora de estudar. E ainda sobre espaço para elas brincarem. As camas têm 1,60 m de altura e o projeto é da arquiteta Fernanda Lovisaro

Outra ótima opção para quem precisa economizar espaço, pois esse projeto une as escrivaninhas às prateleiras para brinquedos ou livros. Adorei a ideia da prateleira de cima para encaixar as caixas organizadoras, fundamentais para quem tem crianças e muuuuitos objetos pequenos para guardar. As gavetas logo abaixo das escrivaninhas são pequenas, mas muito úteis para guardar materiais escolares, papeis de rascunhos, cadernos pequenos, etc. O modelo foi desenvolvido pela arquiteta Keyla Zylbersztajn.


Outro projeto da Keyla Zylbersztajn. É visivelmente planejado para uma criança pequena, mas pode ser adaptado, removendo as caixas de baixo, acrescentando uma cadeira na bancada e mudando poucos detalhes na decoração das prateleiras. Sou fã das prateleiras ordenadas dessa forma e achei um charme o verde do puxador de gavetas. Se fosse meu quarto, eu customizaria ainda mais com um papel de parede poá ao fundo das prateleiras ou com um adesivo em cima da escrivaninha.  


Não sou muito admiradora da "overdose de rosa", mas achei o módulo muito bonito. De uma só vez, tem espaço para a cama, o computador, os livros e objetos de decoração. Há pouco espaço para guardar caixas organizadoras e poucas gavetas, mas acho que um outro móvel menor pode complementar essas funções. Eu trocaria o rosa pelo laranja ou lilás. A minha dúvida com camas tão altas é como se faz para forrar. Alguém me esclarece? :-)
Não sei quem é o arquiteto, mas vi na internet que ele é vendido na loja Compra Fácil, em São Paulo.


Não gostei do papel de parede ao fundo da mesa de estudos, mas me chamou a atenção a simplicidade do móvel e sua colocação abaixo da janela. É um projeto interessante para quem dispõe de pouco espaço, mas tem outro detalhe que me chamou a atenção de forma negativa: quem estudar nesse quarto, estará de costas para a porta. Eu, particularmente, acho incômodo. Além disso, o mural de fotos e recados ficou escondidinho, atrás do beliche. Mas, como decoração é uma questão de gosto, fica a dica para quem se interessa. O projeto é da arquiteta Cinthia Liberatori


Outro projeto da arquiteta Keyla Zylbersztajn voltada para ambientes com pouco espaço físico. Mas, desta vez, a escrivaninha fica acoplada ao guarda-roupa. Apesar do uso de gavetas ser opcional, ele é bastante indicado, para manter o ambiente organizado. Eu acrescentaria mais uma prateleira no espaço de baixo e aumentaria o tamanho vertical das gavetas.

Um quarto simples, com uma decoração simples, mas muito bonito. A escrivaninha não dá muita opção para guardar os materiais, então a colocação de prateleiras pela parede é uma boa alternativa.

Não tenho certeza, mas me parece que esse projeto é o mesmo da foto anterior, só que visto de outro ângulo (vocês tiveram essa impressão?). Se for, o projeto é da arquiteta Keyla Zylbersztajn. Para mim, o espaço seria pequeno, mas tudo depende da forma como cada um estuda.


O destaque dos móveis, da Joli Bébé, é o estilo colonial. Eu acho que não tem muito a ver com a nossa realidade, mas há quem valorize a decoração no estilo "palácio real" (e quem tenha muito dinheiro para isso). Sou mais adepta do estilo moderno e confortável (não vi de perto, mas a cadeira não me pareceu muito convidativa ao conforto). Mas, para quem gosta do estilo, o projeto é muito bonito.


Outro projeto da Joli Bébé, de estilo colonial e voltado às meninas. É parecido com o anterior, mas achei mais delicado. Não há muitos espaços para guardar os materiais de estudo na mesa, mas até que o baú ao lado da bancada deu um charme à organização do ambiente.


Gostei da mesa e do estilo das cadeiras. Mas, se a mesa fosse maior, as crianças teriam ainda mais espaço para espalhar os livros, cadernos e lápis. Não sei de quem é o projeto.


Achei diferente e inovador esse projeto da arquiteta Paula Radomille. Para quem tem dois filhos, as camas são válidas e lindas. No entanto, só há espaço para uma mesa de estudo. Se a cama de cima for voltada para visitas ou para aquele filho que mora em outro lugar e precisa de um refúgio de vez em quando, está ótimo!


As cadeiras são de estrutura cromada, com assento em acrílico transparente. Achei interessantes, mas muito pequenas, com ar de desconforto. A mesa então, já é pequena para um, imagine para quatro. Não achei o design muito próximo ao gosto usual de uma criança, mas acho que há quem se interesse. Não sei de quem é o projeto.


O projeto é muito parecido com o de cima, com destaque ao design diferente e  divertido das cadeiras. São lindas, mas também me parecem desconfortáveis. Não sei de quem é o projeto.


Não gostei dos bichos acoplados à parede, dá um ar de caça. A primeira imagem que me veio à mente foi aquelas cenas de filme onde os animais são empalhados pelo caçador. Mas adorei o restante da decoração, principalmente a ideia do Mapa Mundi. Detalhe para o pufe feito de corda de Pet. Não sei de quem é o projeto.


Também adorei esse projeto. Os espaços foram muito bem aproveitados e me chamou a atenção a organização das gavetas e prateleiras (detalhe que sempre me encanta). A escrivaninha e a escada são um charme. Não sei de quem é o projeto (infelizmente).

Achei essa decoração (projeto da arquiteta Anita Lerner) bastante poluída e a ideia de a cor principal ser um tanto escura (pelo que percebo, uma tonalidade de marrom) também não me agrada. Mas gostei do estilo da cama e da cadeira, que têm um ar meio rústico (parecem ser de madeira antiga). O espaço foi bem aproveitado, mas fiquei intrigada sobre o guarda-roupa. Onde ele ficou alocado?


Fontes:
Revista Casa e Jardim
Revista Bebê

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As brincadeiras e o ambiente social

Acredito que uma simples brincadeira é capaz de expressar simbolicamente a forma que as crianças vêm o mundo e as pessoas ao seu redor. É nas atividades escolhidas para se divertir e na própria forma de brincar e de socializar a brincadeira com os coleguinhas que as crianças expressam tudo aquilo que vêm no seu ambiente de crescimento, principalmente a forma como são tratadas.

Ensinar a criança a brincar coletivamente também
é ensinar a conviver bem com os próximos
Passei a pensar mais nisso quando percebi que Maria Joana faz com suas bonecas tudo o que eu faço com ela. Desde o abraçar e "colocar para dormir" até "fazer cócegas"! Quando ela pega os brinquedos de montar e encaixar, os gestos são iguais aos que fazemos para ensiná-la como se encaixa. Quando dou um pratinho pra ela brincar, ela finge que me dá comida, igual à forma como fazemos com ela.

Construção de significados

Passei a pesquisar mai sobre o assunto e hoje li um texto muito bom sobre o assunto, que na verdade é uma tese de doutorado da professora Sônia Regina dos Santos Teixeira, intitulada "A construção de significados nas brincadeiras de faz de conta por crianças de uma turma de educação infantil da Amazônia". Segundo a tese, "os desejos e as necessidades da criança estão relacionados, principalmente, às interações com os adultos, suas atividades e funções, que acabam por se transformar em argumento das brincadeiras de faz de conta".

No estudo, ela cita exemplos de crianças que brincam de caçar, atividade muito importante na estrutura social da qual elas fazem parte. Não acredito que uma criança da idade de Maria Joana tenha noção dos tipos de atividade econômica que são exercidas ao seu redor ou das diferenças de gênero nas brincadeiras (o que seria "brincadeira de menino" e "de menina"). Mas acredito que ela reproduz (da sua forma) a maneira como é tratada e como se socializa com os coleguinhas e outras pessoas ao seu redor.

Imagem retrata a reprodução do
carinho entre a menina e a boneca
É claro que nem todos os gestos da criança devem ser levados a ferro e fogo e o ideal é deixá-la se expressar à vontade. No entanto, eu tenho percebido que, quando Maria Joana se irrita (principalmente quando eu brigo com ela por pegar algo que não pode), ela quase sempre vai em direção a uma de suas bonecas e bate nela, ou então joga um brinquedo no chão.

No entanto, ela nunca apanhou de nenhum adulto. Mas acredito que, na convivência com crianças de várias idades no hotelzinho, existam os empurrões, beliscões, mordidas, tapas... coisas normais entre crianças que passam o dia inteiro juntas (mas que devem sempre ser observadas).

É claro que não dá para criá-los numa bola de cristal. A "violência" entre elas acontece mesmo, muitas vêem em casa, na escola, na rua ou mesmo pela televisão. Nesse sentido, eu fico me perguntando o que poderia ser feito para mostrar a eles que esse tipo de atitude é errado.

É claro que bater é a pior solução. Não se ensina a não ser violento utilizando-se de violência. O que eu tento fazer para mostrar a Maria Joana que é errado bater nas bonequinhas é conversar e fazer com a boneca o que eu quero mostrar a ela que deve ser feito: como se a boneca fosse a personalização de um amigo que ela tem que tratar com carinho.

Eu geralmente pego a boneca, abraço, beijo, "converso", e estimulo ela a fazer o mesmo. Na mesma hora ela repete, e percebo que, com o tempo, ela passa a entender que o ato de bater é errado. Mesmo quando o faz, ela sabe que será "reprimida". 

Eu fico me perguntando também se a forma como meninos e meninas agem com os bonecos é a maneira como eles se comportam na socialização com outras crianças. De qualquer forma, mesmo sem perceber direito essa relação entre os brinquedos e os momentos com os colegas, não dá pra ver uma criança tão pequenininha agindo com violência e olhar com naturalidade. 

Fontes das imagens:  
Umbiguinhoslings 
Grupo Conto e Cena 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Choque-pós-lista-de-materiais-escolares

O discurso é sempre o mesmo: chegou o mês de janeiro e todos os pais resmungam da "extensa e abusiva" lista de materiais escolares, os jornais produzem várias matérias de utilidade pública ensinando a economizar na hora da compra, a pesquisar, etc. 

Para quem apenas ouve, o impacto não parece ser tão grande. "Que besteira, é necessidade mesmo...". Quando eu era mais nova, sempre me chateava com os resmungos de meu pai na hora de comprar os materiais escolares. "Que culpa eu tenho se eu preciso disso pra estudar?".

Quem não quer uma lista dessa de materiais? rsrs
Mas, esse ano eu ganhei o meu primeiro choque-pós-lista-de-materiais-escolares. Desde o último mês de dezembro, quando soube que Maria Joana mudaria de turma - passando do berçário para o maternalzinho -, fiquei empolgada com a ideia.

Achei o máximo essa coisa de meu bebê começar a estudar. E fui pegar a lista de materiais toda empolgada, planejando comprar todas as canetinhas coloridas, borrachinhas de desenhos, kits para desenho... gente, é realmente um choque!

Quando olhei a quantidade de coisas, olhei pra Maria Joana e me perguntei como uma criancinha daquele tamanhinho seria capaz de usar tudo aquilo como se soubesse escrever e desenhar com todos os tipos de cadernos, lápis e papeis diferentes. E agora?

Pesquisar é fundamental!
Procurei algumas matérias, conversei com algumas mães  e pais (fundamental, essa parte) e... lá vão algumas dicas:

* Não precisa comprar e entregar todo o material de uma vez só. Eu já conversei com a proprietária da escolinha e deixei claro que entregarei os materiais aos poucos. Agora, só o necessário. Depois, vou comprando o resto aos poucos. 

* Não compre aquilo que você achar abusivo, a lei te protege. Se a lista pede materiais que são questionáveis e você sabe que seu filho não vai usar, não faz sentido comprar.

* Nem tudo precisa ser comprado de acordo com a marca que eles pedem. Conversando com uma mãe amiga, ela me disse que, ao invés de comprar lápis Faber-Castell, ela optou por uma marca mais barata. Para uma criança de um ano e meio, qual a diferença que faz?

* Procure por materiais usados e em bom estado de conservação. Sebos e feiras de trocas de livros são ótimos espaços para encontrá-los. Além disso, oferecer livros usados aos seus livros já os estimula a valorizar e cuidar melhor dos materiais. Ele acaba tendo consciência de que aquele mesmo livro será usado por outra criança.        

O mais importante de tudo nessas horas, quando o objetivo é economizar, é conversar com outros pais e buscar alternativas viáveis que não prejudiquem o aprendizado da criança. 

Se você já passou por situações abusivas (como encontrar pedidos de papel higiênico) ou conhece alguém que passou, me mande sua história (priscilaviana@gmail.com). Vai ser o tema do próximo post. :-)