sábado, 29 de janeiro de 2011

COM A PALAVRA, O PAI!


Quando Pri começou a fazer o blog, ela me pediu um texto, sugerindo que eu pudesse colaborar e tal. Na época eu pensei em escrever algo sobre meus sentimentos quando eu soube que ela estava grávida. Mas toda gravidez não planejada (ou quase toda) causa susto, medo, a pessoa fica apreensiva com o futuro e não vi como escrever sobre isso. Não estava me sentido pai, essa é a grande verdade. 

É porque é dificil se sentir pai antes do seu filho nascer. A mãe sente o filho crescendo ali na barriga e quando ele mexe, ela sente... todos os cuidados são para a mãe, inclusive os elogios. O pai torna-se um elemento secundario. 


O pai só se sente pai mesmo quando o filho nasce... no meu caso, minha filha. Outro fator que mexia comigo era o fato de eu não ter conhecido meu pai, ou seja, não tive aquela referência paterna que muitos tem. Sei que ele esta por aí, mas não o conheço e isso é algo que ainda não superei.

Maria com 4 meses no colo do pai

Quando descobrimos que era uma menina, fiquei ainda mais emocionado. Não tive medo, como dizem por aí que todo pai tem quando descobre que terá uma menina. Sabemos que muitos homens temem ter filha mulher. Primeiro pelo machismo, óbvio. O homem sabe muito bem o quanto somos machistas, mesmo quando deixamos certas práticas para trás. 

O segundo fato é que o homem sabe que não poderá compartilhar da mesma forma de certos momentos da vida da filha: o primeiro sutiã, a menstruação, virgindade... todos esses assuntos o pai sabe que mesmo sendo um pai compreensivo e "de boas" nunca vai substituir a mãe. Mas com certeza outras emoções serão dividas e isso não impede o pai de ser companheiro da filha.


Não recordo ter sentido maior emoção da que eu senti no parto. Aqueles minutos que atecedem a saída... é dificil descrever. Ali é o momento em que a ficha cai, e que você pode sair da sala de parto e gritar "eu sou pai!". 


Porém, nas primeiras semanas, a mãe volta ao controle da situação. A criança só mama e dorme, e ao pai resta trocar fraldas e colocar para arrotar. É, ser pai parece fácil, mas às vezes você sente uma ponta de inveja da mãe. E não é por conta da licença-maternidade. A relação mãe e filho é muito mais forte nas primeiras semanas. O pai fica praticamente "boiando", esperando o momento de participar. 


Os dias passam e não há como esconder o prazer de segurar o bebê no colo e não há nada mais fascinante que acompanhar o seu desenvolvimento. E, sem falsa modéstia, minha filha é linda e vem se desenvolvendo muito bem. E quando começa a sorrir? Cara, não tem coração duro que não se derreta com o sorriso de um bebezinho... aquela risadinha gostosa fazem os problemas sumirem. Ser pai é muito bom e ser pai da Maria Joana é melhor ainda. 

Maria Joana com dois meses

Rafael Aragão - pai de Maria Joana.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O DEDO OU A CHUPETA?

Gente, Maria Joana finalmente pegou a chupeta. Muitos recomendam não dar e eu também não insisti porque ela é calminha. Mas, quando a prisão de ventre começou a incomodar, ela pegou de vez. Podem me condenar, mas eu achei que seria bom para acalmá-la nos momentos de chorinho. E deu certo! Ela pegou e pronto.. e até que o bico ajudou a tirar mais o vício que ela tinha do peito. 

No entanto, depois que ela descobriu que tinha dedos e mãos, não quer outra vida. Até chupa a chupeta, mas o negócio dela mesmo é com os dedos. Não sei se é a gengiva incomodando, mas Maria passa quase o dia inteiro com a mão na boca. Coloca, no mínimo, dois dedos de uma vez e fica chupando o tempo inteiro. Às vezes eu a flagro com quatro dedos na boca de uma vez só!

Repare que gula...

... e ainda reclama quando a gente tira a mão da boca dela.

Navegando na net.. kkkk. Mas com o dedo na boca.

É mole?
Hoje passamos o dia na casa da prima dela, comemorando o aniversário da avó paterna. Vejam como ela aparece nas fotos com os dedos na boca.

Até mesmo na hora do banho...

No colo do padrinho
A maioria das pessoas diz pra eu não deixar. Mas o que eu posso fazer? Eu às vezes tiro, mas ela coloca de novo. Não adianta. No entanto, o próprio pediatra dela disse que não tem problema, que é até melhor do que a chupeta.

E tem mais. Ela se acalma de uma forma chupando os dedos que chega a dormir sozinha. Nem preciso mais balançar no colo. Basta deitá-la no colchão, que ela começa a chupar os dedos e daqui a pouco já está dormindo. E vocês, o que acham? Podem palpitar, sou uma mamãe democrática. rs. 

EM MEIO ÀS TRAGÉDIAS...

É impossível ficar indiferente às tragédias que vem ocorrendo na região sudeste do país. Graças às fortes chuvas e, principalmente, à falta de uma política pública decente de habitação nos locais atingidos por enchentes e descidas de barrancos, várias pessoas estão morrendo. 

Principalmente as crianças, parte mais frágil e inocente nesse processo de crescimento desenfreado de habitações irregulares. E, claro, da famigerada especulação imobiliária, que passa por cima das áreas que deveriam ser preservadas dessas construções (mangues e vegetações capazes de absorver a água das chuvas). Como as águas não tem por onde escoar, elas acabam subindo de maneira rápida e devastadora.

Infelizmente, são situações que se repetem ano a ano e é praticamente impossível de se resolver o problema de vez, visto que poucos prefeitos e governadores tem se sensibilizado com o problema a ponto de tomarem sérias atitudes. 

É claro que não podemos achar que o problema acontece somente no Rio de Janeiro ou em outros estados distantes. Ninguém está livre de catástrofes naturais e não é assistindo a tudo sentado que iremos resolver o problema. Cuidar do meio ambiente e ter um pouco de educação já ajuda bastante. Principalmente na hora de descartar os resíduos sólidos. 

Pois bem, o site BabyCenter publicou uma reportagem muito interessante, falando sobre os cuidados com as crianças que se encontram nessas situações. Vale a pena se informar sobre o assunto. Não esqueçamos: ninguém está livre.


O Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e da Defesa Civil Estadual, está trabalhando em parceria com empresários e associações de empresas para mobilizar toda a população sergipana no sentido de arrecadar doações para as vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.

De acordo com a secretária de Estado da Inclusão, Eliane Aquino, a campanha de ajuda humanitária será focada, neste primeiro momento, na arrecadação de fraldas descartáveis e colchonetes.

As doações podem ser entregues nos seguintes locais em Aracaju:

- Escritório do Programa Mesa Brasil SESC/SE – Rua Riachuelo, 259, bairro São José. Telefone: (79) 3216-5577 - Funcionamento de segunda a sexta, das 8h às 18h
- Corpo de Bombeiros de Sergipe – Rua Siriri, 762, Centro. Telefone: (79) 3179-3608 - Aberto 24h
- Quartel da Polícia Militar de Sergipe - Rua Itabaiana, 336, Centro – Telefone: (79) 3211-4452 - Aberto 24h
- Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL) – Rua Santa Luzia, 571, bairro São José - Telefone: (79) 3212-7720
- Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) – Rua José do Prado Franco, 557, Centro. Fone: (79) 3211-9767
Vamos ajudar. 


Com informações retiradas do Blog Amor Maior, da Karine Mendes. =)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

QUATRO MESES

A cada mês de Maria Joana eu fico muito feliz e um pouco triste. Feliz não preciso dizer o porquê, né?! Ver minha pequenina crescendo e aprendendo sobre o mundo, acompanhar esse processo tão de pertinho é sensacional e indescritível.

Mas fico um pouco triste porque a cada dia que se passa chega mais perto do fim da minha licença-maternidade. Só tenho pouco menos de dois meses pra curtir minha princesa. E curtir mesmo! Passados os dois primeiros meses, de mais trabalho do que lazer e descanso, hoje posso dizer que curto Maria Joana em tempo integral. Talvez a sorte também ajude um pouco nesse processo.


Afinal de contas, não é todo mundo que é sorteado com uma bebê que quase não chora, dorme a noite toda e ri com tudo e com nada, até com o vento. E, ainda por cima, passa horas distraída com a televisão. Então, meu dia a dia com minha pequenina tem sido de bastante carinho e lazer para a família. 


Eu sei que os médicos falam que o bebê de quatro meses não precisa de complemento. Mas, como eu deixarei Maria Joana aos cuidados de outra pessoa para voltar ao trabalho em breve, estamos começando a introduzir aos poucos outros alimentos na dieta dela.

Como ela vem apresentando prisão de ventre, seu pediatra recomendou que desse a ela suquinhos de laranja-lima, ameixa, laranja (a mesma medida de água para o suco da laranja), raspas de maçã e mamão amassado. Surpresa: Maria Joana bebe tudo!! 

Quer dizer, com exceção do suquinho de ameixa, que ela cospe. A saída, então, foi dar danoninho de ameixa, que ela adora. Mas o suco de laranja é imbatível. Em apenas um dia ela bebeu 200 ml de suco (claro, não de uma vez só). Para resolver o problema da constirpação intestinal, o pediatra também receitou o uso de Minilax (similar ao supositório, mas mais eficiente). 

Maria Joana brincando com a mão... 
Mas é claro que o leite do peito ainda é essencial e eu tenho que continuar priorizando-o enquanto alimento principal de Maria Joana. Esses complementos são dados em geral no horário do lanche (no meio da manhã e da tarde). 

Agora, com quatro meses, além de soltar sonzinhos como se estivesse conversando com a gente, ela também já dá sonoras gargalhadas, direciona a mão para pegar um objeto específico, pega o tempo todo nos pezinhos e já consegue levar algumas coisas à boca. 

...e prestando atenção nas conversas dos adultos! Run!
E os olhinhos curiosos não param. Ainda não fica sentada sozinha, mas quando a colocamos no colchão com a barriga voltada para baixo, ela tenta se arrastar e às vezes consegue levantar a barriga de leve, enquanto empina o bumbum. Da próxima vez tirarei uma foto. =)

A foto tá horrível, mas fica o registro.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MODA BEBÊ

Em outro post, vocês viram que eu reclamei da exclusividade de sandálias cor de rosa para meninas no mercado. Rodei por horas para encontrar uma sandália que fosse branca, verde ou vermelha para Maria Joana. Pois bem, conversando com outras mamães e papais sobre o assunto, percebo que é cada vez maior o número de pessoas que querem se livrar da ditadura do rosa e do azul que insiste em predominar o universo do recém-nascido.

Nas lojas de artigos para bebê, percebemos que as roupinhas e sandálias vem ganhando tons diferentes da já desgastada dicotomia rosa-azul. Mas, mesmo assim, ainda é difícil diversificar o guarda-roupa de nossos bebês. Mas, navegando pela internet, descobri uns modelinhos de bodies para recém-nascidos que provavelmente serão roqueiros. Engraçado, não?! Mamães e papais que curtem Rolling Stones, AC/DC, Beatles, Ramones, entre outros, vejam que criatividade. 

Exemplo de lindo bodie para recém-nascido roqueiro

Outra coisa. Sabemos que aqui no Brasil não comemoramos com ênfase o Dia das Bruxas como fazemos com o carnaval e com o São João (principalmente no nosso caso, que somos nordestinos). No entanto, vejam que graçinhas essas roupas com motivos do Halloween.

Modelo de vestidinho para o Dia das Bruxas

Obs.: Se alguém encontrar por aí modelitos para bebês regueiros, por favor, me avise. É duro criar um bebezinho regueiro nesse mundo capitalista. =)

domingo, 9 de janeiro de 2011

DIÁLOGO DO DIA

Eu precisei sair para resolver umas burocracias com relação a uns documentos antigos. Tirar a segunda via da certidão de nascimento, a terceira via do RG, etc. Então, deixei Maria Joana com minha mãe logo pela manhã. 


Quando cheguei em casa, à tarde, liguei para saber que horas minha mãe traria Maria Joana de volta. Como meu pai havia saído com o carro, ela respondeu que provavelmente só à noite.


No começo da noite, Rafa chega do trabalho.


- Cadê Maria Joana? Tá com a avó, é?
- Unhum.
- E que horas ela chega?
- Sei não...
- E já tá assim, é? Saindo de casa sem hora pra voltar??
- Pois é... (risos).

domingo, 2 de janeiro de 2011

REVEILLÓN

2010 foi um ano cheio de surpresas boas e inacreditáveis. De janeiro a dezembro, diversas novidades permearam meu dia a dia. Em apenas um ano me formei, consegui dois empregos, engravidei, fui demitida de um dos dois, me casei, saí da casa de meus pais, tive minha filha, voltei à academia e me matriculei na auto escola. Ufa! Certamente há outros detalhes dos quais não me lembro agora, mas só esses fatos já são suficientes para ilustrar o furacão que foi o ano de 2010 na minha vida.

Mas, mesmo já tendo comemorado 25 aniversários, somente agora eu entendo porque essas datas são tão importantes em nosso calendário. Para uma mãe, comemorar o aniversário de um filho é algo sem explicação. Sempre que chega o dia 10 de todo mês, me lembro da gravidez, do parto e daquele momento inesquecível em que peguei Maria Joana em meus braços pela primeira vez.

Bom, no meu primeiro Reveillón como mãe, todas essas lembranças vieram à tona no momento em que eu assistia à queima de fogos aqui na rua, com Maria Joana nos braços. Tive que segurá-la, pra que ela não se assustasse com os fogos. Adivinha... a maior queima de fogos, vários sons de carro tocando na rua, duas caixas de som aqui mesmo em casa, e ela dormiu a noite toda de Reveillón. Só se acordou às 7h da manhã do dia 1º.

Maria Joana dormiu tanto que nem tiramos fotos com ela. =/ Triste, não? Pois é, esse Reveillón ficará sem registros fotográficos. Mas as emoções nunca serão esquecidas. =)