segunda-feira, 21 de março de 2011

POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO

Quais os impactos do racismo na infância? Pergunta complexa, né?! Esse é o grande questionamento de uma campanha nacional lançada pela Unicef com o intuito de erradicar o fosso existente entre os negros, índios e brancos no Brasil.  

É muito difícil mobilizar a sociedade brasileira para a necessidade de assegurar a igualdade étnico-racial desde a infância. Mas, de acordo com a campanha, o combate ao racismo implica valorizar as diferenças, promovendo a igualdade de tratamento e oportunidades para cada brasileiro. Esse é o grande desafio da campanha e de todos que decidirem abraçá-la.

Crianças não nascem racistas, elas aprendem a ser racistas
Um dos grandes militantes da campanha é o embaixador da Unicef no Brasil, o ator Lázaro Ramos, que gravou um vídeo de quatro minutos no qual fala sobre a situação das crianças negras e indígenas no Brasil. Não encontrei o vídeo, mas divido com vocês a versão menor, de 27 segundos, preparada para ser veiculada nos canais de televisão que apoiam a campanha.



Outra peça promocional da campanha é o folheto institucional que propõe “Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo”, com orientações sobre como identificar, evitar e combater atitudes e ações discriminatórias. 


10 maneiras de contribuir

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer.

3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente.

Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Cartaz da campanha
E você? O que você faz para erradicar o preconceito na criação do seu filho?

2 comentários:

  1. Oi Priscila, acha que pode citar e convidar suas leitoras para nossa blogagem coletiva?

    ResponderExcluir
  2. Volto aqui para lhe fazer um convite já que abordou sobre o tema infancia sem racismo, trata-se da nossa nova blogagem coletiva, cujo objetivo é trazer questões à tona sobre direitos da infância. Se tiver tempo e interesse, seria uma honra tê-la novamente nesta conversa. Segue link do convite: http://blogdodesabafodemae.blogspot.com/2011/06/direitos-da-infancia-o-que-sao.html

    ResponderExcluir