quinta-feira, 8 de março de 2012

O dia de uma grande mulher

A luta contra o preconceito ainda não acabou
Esse é o segundo 8 de março de Maria Joana (no primeiro ela tinha apenas seis meses). Poderia dizer várias coisas a ela ou oferecer várias possibilidades de leitura a respeito dessa data, tão marcante na luta contra o preconceito - ou contra apenas uma das milhares de formas através das quais ele se manifesta. Poderia mostrar alguns filmes e documentários que abordam essa data sob um ponto de vista diferente do senso comum. 

Mas jamais conseguiria expressar a minha certeza de que ela será uma grande mulher. Não sei qual profissão ela vai escolher, se vai querer ter filhos, de que cor ela vai querer pintar os cabelos, se será hetero ou homossexual ou qual o estilo que ela vai escolher para se vestir. Mas sei que vai ser uma grande mulher.

Não sob o ponto de vista de uma mulher bem sucedida, admirada por todos, ou aquela que estampa as páginas da coluna social como se fosse um modelo de mulher a ser seguido em busca da felicidade. Mas uma mulher de caráter, de firmeza de posturas e, acima de tudo, uma lutadora. Uma batalhadora pela vida e pela reafirmação daquilo que ela acredita e defende. Uma mulher que vai fazer qualquer coisa diante de uma situação de injustiça, menos se omitir.

Os filhos nunca serão do jeito que os pais querem, não importa o quanto isso seja estimulado. Mas se minha filha tiver a determinação e o destemor de levantar a voz e erguer a bandeira, acho que sentirei um misto de orgulho e o sentimento de que eu soube transmitir valores que vão além de "boas notas, aprovação no vestibular, emprego fixo, bons salários e uma família feliz", entre outras "receitas de sucesso da vida moderna".   

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