quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Senso de coerência e justiça

Quem nunca se preocupou em exercer de fato a coerência no seu dia a dia, com certeza entra em crise quando a criança da casa chega na casa dos 2 anos. Não é apenas no Facebook que as pessoas te julgam por praticar atos diferentes do que você posta na sua timeline. Em casa, um ser de meio metro já sabe apontar o que você faz de certo ou errado de acordo com os valores que ele acabou de aprender.

Crianças reproduzem as situações à sua maneira
Você manda ela calçar os pés, mas anda descalço? Não se surpreenda se ela chegar com a sua sandália nas mãos, mandando você calçar. Você diz que é feio gritar? E se, no meio de uma bronca que você estiver direcionando a ela, você ouvir que o que está fazendo é feio? Você ensina ela a pedir desculpas e assumir os erros? Então se acostume a pedir desculpa aos outros na frente dela, senão ela vai mandar você fazer isso quando perceber uma situação de conflito. Deixou comida no prato? Jogou alguma coisa no chão? Ihhh... é bronca! 

Há poucas semanas estou aprendendo a lidar com isso - e segurar o riso quando a situação exige concentração. Nas pequenas ações do dia a dia, minha filha me cobra a mesma postura que eu cobro dela. E a memória desses pequenos não é fraca não, viu?! O seu erro de hoje é o mesmo de duas semanas atrás, na concepção deles.

Não acho que uma criança de 2 anos deva saber o que é coerência. Mas sabe praticar muito bem no dia a dia o senso de justiça. Se eu tenho que fazer isso, por que você faz diferente? E não adianta exercer a máxima da autoridade repressiva que você aprendeu: "Por que eu sou sua mãe...". Ela pode até ficar caladinha na hora, mas percebe que, pelo menos na sua casa, as situações não são justas. 

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